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Com juro baixo, taxa de crédito imobiliário se aproxima do menor patamar da história

22/08/2019

Inflação sobcontrole, perspectiva de novos cortes na Selic e aumento da concorrência entrebancos levaram o juro médio dos empréstimos para a compra da casa própria emjunho para 7,73% ao ano.

 Com ainflação sob controle e a perspectiva de novos cortes nos juros básicos daeconomia até o fim do ano, a taxa cobrada de quem busca o crédito imobiliáriocaminha a passos largos para o menor nível da história – o que pode ocorrer jáem 2020, segundo analistas do setor. Essa expectativa foi impulsionada pelamaior concorrência entre os bancos e pela retomada dos financiamentos da CaixaEconômica Federal neste ano. O movimento já se reflete em alta de vendas elançamentos.

A previsão deredução das taxas de financiamento imobiliário acompanha as quedas da Selic, osjuros básicos, hoje em 6% ao ano. A maior parte do mercado financeiro prevê quea taxa caia para 5% ao ano até o fim de 2019, enquanto os mais otimistas falamem 4,75%.

 Assim, o juromédio dos empréstimos para compra da casa própria ficou em 7,73% ao ano emjunho, conforme dados do Banco Central (BC),que consideram financiamentos parapessoas físicas com recursos direcionados. É um nível parecido com o defevereiro de 2013, o mais baixo da série, quando estava em 7,69%. Naquelaépoca, porém, a Selic foi cortada para 7,25% ao ano, em um movimentoconsiderado “artificial” – tanto é que o juro baixo não durou muito tempo, e ataxa voltou a subir logo em seguida.

Agora, no entanto,o cenário é diferente: bancos e construtoras acreditam que um novo pisohistórico nos juros do crédito imobiliário deverá acontecer naturalmente,graças ao ajuste fiscal em curso no País, à inflação baixa e à tendência denovos cortes na taxa Selic.

“Se o Banco Centralconfirmar a expectativa atual de baixar ainda mais a Selic, é natural que hajaadequação das taxas de juros do financiamento”, avalia o economista-chefe doSindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP),Celso Petrucci.

O setor estima quea redução de cada ponto porcentual nos juros básicos represente um desconto de7% a 8% na parcela do financiamento, o que significa que ela passa a caber nobolso de mais consumidores. “Em São Paulo, são vendidos de 25 mil a 30 milimóveis novos por ano. Em alguns anos, esse patamar poderia subir para 40 mil”,estima o analista de mercado imobiliário do banco BTG Pactual, GustavoCambauva.

Também está nohorizonte o novo modelo de crédito para a casa própria, que substitui a TaxaReferencial (TR),hoje zerada, pela inflação corrigida pelo Índice de Preços aoConsumidor Amplo (IPCA),em 3,22% nos últimos 12 meses até julho. O modelo deveentrar em vigor nos próximos dias, segundo o presidente da Caixa, e aexpectativa do setor é que a mudança abra espaço para juros menores.

 Ocopresidente da MRV Engenharia, Rafael Menin, diz acreditar que o mercadonacional poderia até dobrar de tamanho em dez anos, caso haja redução dos jurosdo financiamento associada ao crescimento sustentável do Produto Interno Bruto(PIB) e à estabilidade política. 

“Em uma década, omercado pode sair do patamar de produção de 600 mil imóveis por ano para umdegrau de mais de um milhão de unidades por ano”, calcula Menin. A construtoravem ampliando os negócios e espera chegar a 50 mil unidades lançadas neste ano. 

A fisioterapeutaThaís de Oliveira Braga, de 32 anos, e o marido, o funcionário público FabioBarbosa Gomes, 38 anos, aproveitaram a queda nas taxas para comprar umapartamento para a família. “Tinha ouvido no rádio que este era o melhormomento dos juros imobiliários. Então, falei: Fabio, é agora.”

Eles procuraram nainternet um imóvel que se encaixasse no orçamento e escolheram umempreendimento na zona norte de São Paulo. No fim do mês passado, o casal deuuma entrada de R$ 160 mil em um apartamento da Gafisa e iniciou o processo definanciamento. O restante do valor do apartamento – o total é de R$ 300 mil –vai ser pago em 420 meses, com uma taxa de juros de 7,99%.

 

Crise lá fora

Apesar do cenáriopositivo para o setor, a perspectiva de uma nova crise econômica internacional,que se desenha no horizonte, poderia fazer com que o Brasil voltasse a subir ataxa Selic e, por consequência, a taxa cobrada no financiamento imobiliárioaumentasse.

A criseinternacional entrou no radar nos últimos dias, após uma sinalização de jurosde longo prazo mais baixos nos Estados Unidos, o agravamento da guerracomercial entre americanos e chineses e a previsão de menor crescimentomundial.

O diretor deEconomia da Anefac (associação que reúne executivos de finanças),RobertoVertamatti, estima que se o cenário de crise internacional se confirmar, elapode se refletir no Brasil, levando a uma desvalorização do real ante o dólar ea uma resposta do Banco Central no aumento dos juros.

Ele avalia que umanova crise poderia ser particularmente ruim para o Brasil, em um momento em queo País começa a dar os primeiros sinais de recuperação. “A crise internacionalpoderia comprometer os resultados do PIB de 2020 e 2021.” 

Já o coordenador doMBA de gestão financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV),Ricardo Teixeira,pondera que, embora possa haver mudança no cenário internacional, isso não deveocorrer em menos de um ano.

Ele estima,portanto, que há uma janela para que os juros do financiamento fiquem maisbaixos. “É mesmo um bom momento para financiar. Na pior das hipóteses, oconsumidor terá até o ano que vem para aproveitar as taxas.” / COLABORARAMERIKA MOTODA e DOUGLAS GAVRAS.

 

Acesse o link e leia a matéria na integrapublicada pelo Estadão. 

 

Fonte: Estadão 


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